Eric Hobsbawm: um historiador que mudou o nosso modo de olhar o passado

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Eric Hobsbawm, 95 anos, foi um dos historiadores mais influentes das últimas décadas. Falecido em 1º de outubro deste ano, num hospital de Londres por decorrência de uma pneumonia,deixou um legado intelectual e militante sublime

A sua última obra de fôlego, A Era dos Extremos (1914-1991), foi traduzida em mais de 40 línguas, entre elas o árabe e o mandarim. Marxista e militante do Partido Comunista Britânico desde 1936 até à sua dissolução, em 1991, conhece o auge da sua projeção midiática exatamente após a queda do comunismo.

Não se trata apenas de competência e de uma particular arte de escrever. Numa época em que os historiadores acadêmicos suspeitam crescentemente das “grandes narrativas”, ele mostrou quão importante é compreender o conjunto das forças da mudança histórica. Ao fazê-lo, não só reconfigurou o modo de os historiadores olharem o passado, como criou uma verdadeira apetência do público pelas obras de síntese.

Foi um escritor compulsivo e de muitas facetas. Cedo descobriu o jazz e foi crítico na revista New Statesman durante anos, sob o pseudônimo de Francis Newton. Escreveu até ao fim da vida. Em 2011, publicou um derradeiro livro, How To Change the World (Como mudar o mundo), defendendo a pertinência do pensamento econômico de Marx perante o colapso bancário de 2008-2010.

Publicado em : www.publico.pt

 

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