Cerca de 54% dos trabalhadores latino-americanos não estão cobertos pela seguridade social, mesmo diante da taxa de desemprego urbano regional bem menor, de 7,3%. Esses foram alguns dos dados em destaque durante o encontro, dos responsáveis por pesquisas de emprego, dos institutos de estatística da América Latina.
O encontro foi uma iniciativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e aconteceu na cidade de Lima, Peru.
De acordo com a Diretora Regional da OIT para a América Latina e Caribe, Elizabeth Tinoco, é notório que a crise econômica internacional já repercute sobre o mundo do trabalho. “É necessário conhecer melhor esta ameaça que recai nas relações de trabalho por conta das crises mundiais” declarou, durante a abertura do encontro.
A Diretoria defendeu ainda que sejam feitas medições para além do emprego e do desemprego, em um esforço para ampliar as pesquisas sobre fenômenos como o emprego precário, o subemprego por insuficiência de horas, o emprego no setor informal, por ramos de atividade ou por grupos ocupacionais, a duração do trabalho e a evolução dos salários.
Segundo informações do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar , DIAP, entidade presente ao encontro, no Brasil ainda há muito o que evoluir no desenvolvimento de pesquisas e estatísticas laborais . Na América Latina não é diferente. Para Miguel Del Cid, diretor do Sistema de Informação Laboral da OIT para a América Latina e o Caribe, é necessário esforço permanente para o desenvolvimento de estudos que ajudem a compreender a conjuntura atual sobre o mundo do trabalho.
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