História

Como valentes “Dom Quixotes” em luta contra dragões e gigantes, os professores da rede particular levantaram suas armas contra a opressão e foram ao combate. Armados de indignação e desejos de mudanças no ambiente de trabalho e nas questões salariais, estes trabalhadores e trabalhadoras construíram a história do sindicato , forjada na organização e na união da categoria.


No início dos anos oitenta, o país se agitava com as ondas grevistas e a formação da Central Única dos Trabalhadores. Em Itajaí, ressurgia o movimento sindical tendo como protagonistas os professores da rede privada de ensino.

Alguns professores engajavam-se politicamente com a perspectiva de organização da categoria para, caso preciso, buscar estratégias de enfrentamento que garantisse conquistas.

Mesmo diante de um certo grau de conservadorismo por parte da categoria, as dificuldades financeiras eram latentes, agravando-se ainda mais com a inflação em alta, que rapidamente corroia os salários. Era preciso buscar formas coletivas de resistência à queda do poder aquisitivo.


Em meados de 1985, os professores, procuraram o Sindicato dos Professores do Estado de Santa Catarina – SINPROESC, com sede na cidade de Florianópolis, que representava todos os professores da rede privada do estado. O presidente do SINPROESC propôs a criação de uma Delegacia do sindicato em Itajaí, com representante eleito pelo voto dos seus pares.

Através de um processo eleitoral foi iniciada a implantação da delegacia regional que ainda estava diretamente ligada ao SINPROESC. Em 26 de setembro de 1985, foi eleita a primeira delegada sindical representante dos professores das escolas privadas de Itajaí.

Em 4 de outubro de 1988, cerca de 50 professores fundaram a Associação Profissional dos Professores de Itajaí, por exigência legal da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Apenas uma chapa foi montada para a eleição dos representantes. O resultado foi de 50 votos para a chapa única.

Uma semana após esta eleição, em 11 de outubro de 1988, os professores fundariam o Sindicato dos Professores de Itajaí e Região – SINPRO, com a mesma diretoria constituída anteriormente.


A primeira grande mobilização da categoria ocorreria em 1990. Os professores, na data-base de março, reivindicavam 141% de reajuste salarial para zeramento do índice do INPC, recuperação das perdas com o Plano Cruzado e Plano Verão, e ainda um ganho real, a título de produtividade.

Os patrões foram intransigentes e as negociações chegaram a um impasse. A direção do SINPRO, convocou uma assembleia geral para discutir a recuperação das perdas salariais. A assembleia definiu que, caso os donos das escolas não negociassem, os professores entrariam em greve. A negociação não ocorreu e o SINPRO passou a fazer várias reuniões para organizar a greve.


Foram 4 dias de greve dos professores em luta contra os gigantes patronais. São José, Salesiano, Fayal, CAU e Univali, fecharam suas portas porque os “Dom Quixotes” e os “Sanchos Panças” estavam em luta, negando a submissão e a exploração.

Foi através da organização e mobilização da categoria, que os trabalhadores da educação conquistaram benefícios e mantiveram ativa a entidade sindical que os representa até hoje.

Muito ainda há que ser feito, a história no SINPRO não pára. Permanece viva nos educadores que continuam filiados e lutam pelos seus direitos.


Atualmente, por conta da luta e da união da categoria, o Sinpro é uma entidade forte, atuante e com total autonomia. Possui em sua base cerca de 2 mil professores de diversos níveis de ensino, da educação infantil ao ensino superior, e atende a categoria por meio de sua sede, em Itajaí, e sub-sede em Brusque

Ao longo de sua história, assembléias, cursos, oficinas, palestras, atividades culturais e educacionais foram realizados pelo sindicato, com o objetivo de promover a participação e a formação política, além de proporcionar à categoria momentos de descontração e lazer.

Participe do sindicato! Filie-se ao Sinpro!