Profundo e irônico; independente e engajado; crítico e bem humorado. O multitalentoso Millôr Fernandes é digno de uma série de adjetivos e creio que o maior deles foi ter sido referência no humor,no jornalismo, na política feita com criticidade e sagacidade.
Aos 88 anos, MIllôr faleceu na semana passada deixando uma infinidade de crônicas, frases, contos, peças teatrais e charges recheadas de humor inteligente que nos fazia rir, mas que também denunciava com acidez, as mazelas e falta de posturas de nosso tempo.
Criador de “O Pasquim”, importante veículo de informação que combatia a ditadura militar brasileira, Millôr Fernandes foi e sempre continuará sendo uma figura fundamental para a democratização do país pós golpe de 64.
Mais que um humorista, Millôr foi um pensador do tempo presente. Um senhor de palavras ácidas, vorazes, contundentes com pitada certa de humor e ternura.
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