Professores estaduais em greve pela qualidade na educação

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Seriedade, qualidade e melhor conduta nas ações que envolvem a educação em Santa Catarina. Para o movimento de greve dos educadores em greve organizados através do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, chegou o momento de mostrar a REAL situação da rede estadual de ensino no estado.

Mais do que uma greve pela valorização salarial, o movimento quer chamar a atenção para a falta de cuidados do governo do estado neste setor. Segundo os dirigentes do SINTE, hoje, o salário base de um professor com carga horária de 40 horas no Estado de Santa Catarina é de R$ 1450, 87, mais vale alimentação de R$ 10,00 reais por dia trabalhado e mais 25% de regência, ou seja, R$ 362,71. Essa soma resulta em aproximadamente R$ 2.013,58 de salário bruto. Com os descontos (11% de INSS e 6% vale transporte) resulta em R$ 1.674,04 de salário liquido.

As instalações físicas dos prédios escolares também estão na pauta do movimento. De acordo com o professor Alexandre Luciano Nassute, as instalações físicas das escolas estaduais são ruins e precárias. “São vidros quebrados, paredes mofadas, falta de portas, goteiras enormes, forro desabando, falta de água limpa, merenda insuficiente ou falta da mesma, salas de informática com computadores insuficientes ou quebrados, bibliotecas carentes de bons livros e fechadas por falta de funcionário” desabafa Alexandre

Além disso, o educador relata que as salas de aulas são escuras e sem ventilação, os quadros negros ou brancos caindo aos pedaços, falta de pincel e tinta para escrever nos quadros, falta de apagador, salas de vídeo sem condições de uso, carteiras dos alunos e mesas dos professores quebradas, quadras de esporte destruídas e sem manutenção, mato alto nos quintais das escolas, salas de aulas sem cortina onde os alunos tem que estudar com o sol no rosto, falta de funcionários para serviços gerais, segurança. “As escolas estão sujas e mal cuidadas, mais parecendo locais abandonados, faltam livros didáticos, mapas apropriados, falta de laboratórios ou laboratórios sem infraestrutura nenhuma, etc. Resumindo, ambientes insalubres para trabalhar” escancara o educador.

O movimento de greve dos trabalhadores estaduais denuncia também que, desde o acordo assinado pelo Governo na ocasião da greve em 2011, a categoria espera pelo pagamento do piso na carreira e a descompactação da tabela, ou seja, oito meses em sala de aula esperando que seja cumprida a Lei do Piso, que determina que o pagamento do reajuste (22,22%) seja feito em janeiro do ano vigente.

Os professores estaduais catarinenses seguem em movimento de greve. Mais do que salários justos e dignos, os educadores estão denunciando o descaso e a falta de seriedade com algo tão sério e fundamental para a sociedade. Para ter mais informações acesse o blog do SINTE: http://sinte-sc.blogspot.com.br/

 

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