A gente não quer só comida…

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Penso que os Titãs não tinham noção que esta frase soaria tantas vezes, estamparia tantas camisetas, dariam títulos a textos despretensiosos. Frase repleta de significados e expõe, de certo modo, a necessidade das gentes, as falas de tantos, as vestes de muitos.

Diante disso, não temos como deixar passar os conteúdos veiculados por canais abertos de televisão. Uma enxurrada de pouca criatividade, além da trágica moda dos reality shows.

Em fevereiro deste ano, nosso boletim publicou um excelente artigo de autoria do dirigente do SINPRO e professor no curso de Jornalismo da Univali, José Isaías Venera, que expunha “Os sintomas da sociedade do olhar”, também publicado no site do Observatório da Imprensa. No início do ano, o jornalista analisou o BIG Brother Brasil, programa da rede Globo.Sua análise continua atual e suas críticas podem ser perfeitamente encaixadas no atual reality em cartaz no canal da TV Record, “A Fazenda”.

Nesta “sociedade do olhar”, como bem traz presente o professor “o que mobiliza o sujeito a ver (o BBB12) não é a mera curiosidade, vontade em entreter-se, nem o endereçamento midiático, mas a presença de um outro, da cena em que se vê vendo-se (há sempre algo no objeto que ao ser percebido mostra algo de mim)”.

Para Venera, o público acaba fazendo parte da trama perfeitamente elaborada por roteiristas e diretores, com ou sem consciência do que passa. “O telespectador pode até chegar a ter consciência dessa trama e perceber que sempre está assistindo mais do mesmo (como se o neurótico ficasse saturado na sua própria repetição) e, muito provavelmente, ele continuará no seu movimento porque a cena, ou o objeto, são apenas um semblante do que ele realmente busca. É assim que funciona a cadeia de significantes: o sujeito desliza de um significante para outro, de uma imagem para outra, acreditando que encontrará algo que o satisfaça por completo, mas seu gozo está mesmo é nesse incessante movimento” enfatiza o jornalista.

Para Venera, o público acaba fazendo parte da trama perfeitamente elaborada por roteiristas e diretores, com ou sem consciência do que passa. “O telespectador pode até chegar a ter consciência dessa trama e perceber que sempre está assistindo mais do mesmo (como se o neurótico ficasse saturado na sua própria repetição) e, muito provavelmente, ele continuará no seu movimento porque a cena, ou o objeto, são apenas um semblante do que ele realmente busca. É assim que funciona a cadeia de significantes: o sujeito desliza de um significante para outro, de uma imagem para outra, acreditando que encontrará algo que o satisfaça por completo, mas seu gozo está mesmo é nesse incessante movimento” enfatiza o jornalista.

Para ter acesso ao texto completo do jornalista e professor José Isaías Venera clique aqui:

 

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed681_os_sintomas_de_uma_sociedade_do_olhar

 

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