As palavras vibrantes da professora e dirigente sindical Roberta Peinador, abrem o texto e celebram mais uma grande conquista para a classe trabalhadora: a paridade de gênero na direção da Central Única dos Trabalhadores.
Durante o 11º Congresso Nacional da CUT, realizado entre os dias 9 e 13 de julho, em São Paulo, as mulheres cutistas mantiveram sua organização e conseguiram aprovar esta importante mudança estatutária da maior central sindical do país. A alteração aprovada, propõe que, a partir de 2015, as direções das centrais estaduais e nacional, compostas igualmente por homens e mulheres, ou seja, 50% de vagas para cada gênero.
“As mulheres cutistas alcançaram, no 11º CONCUT, uma conquista histórica com a aprovação da paridade na direção da maior central sindical do país e da América Latina. A votação expressiva de homens e mulheres em defesa da igualdade, é um exemplo não só para o movimento sindical brasileiro, mas para o sindicalismo de todo o mundo” destaca a professora Roberta Peinador, delegada no congresso.
Quem apresentou a proposta, em nome do conjunto que apoia a paridade, foi Rosane Silva, Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT. Neste congresso histórico, onde 2322 trabalhadores participaram, cerca de 42% eram mulheres.
Luta histórica
A luta pela igualdade de gênero dentro da CUT é um processo que vem sendo debatido desde a criação da central .Segundo a Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT/SP, Sônia Auxiliadora, embora apenas no ano de 1986, no II Congresso Nacional da central, tenha sido criada a Comissão da Questão da Mulher Trabalhadora, e à época subordinada a Secretaria de Política Sindical, as mulheres já seguiam com uma trajetória de luta e de organização levantando bandeiras históricas contra opressão, discriminação e reivindicando os legítimos direitos ao longo da existência da CUT.
A dirigente enfatiza ainda que toda essa trajetória foi marcada por grandes ações e mobilizações responsáveis por conquistas significativas para a classe trabalhadora. “E seguimos avançando em importantes lutas que têm refletido na garantia e ampliação dos direitos, quer seja nas negociações e convenções coletivas, bem como para a sociedade em geral com políticas públicas e novas leis instituídas para proteção e garantia dos direitos das mulheres” destaca Auxiliadora.
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