Segurança pública em SC: Sobre os rumos do Governo do Estado e os desafios da classe trabalhadora

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Ônibus e automóveis queimados, tiros, prisões, mortes e vários outros atentados contra vidas humanas. Este é o saldo da caótica situação da segurança pública no Estado de Santa Catarina.

Fato que já se arrasta há anos, mas minimizada no discurso do Governo Colombo que tenta, a qualquer custo, mascarar uma gestão que já decepciona aos que o elegeram ainda no primeiro turno, a fim de garantir as possibilidades de sua reeleição em 2014.

Denúncias de torturas nos presídios superlotados (17 mil apenados para 10 mil vagas) trouxeram ao Estado o Coordenador-Geral do Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos da Secretaria de Diretos Humanos da Presidência da República, Bruno Renato Nascimento Teixeira.

Junta-se ao caos, o apelo dos servidores do setor, que já iniciaram mobilizações e falas sobre a possibilidade de greve, reivindicando melhorias nas condições de trabalho, precarizadas em virtude da superlotação dos presídios. Além disso, o baixo número de agentes prisionais, a falta de tecnologias compatíveis para assegurar maior controle nas visitas e bloquear o uso de celulares nas unidades prisionais, assim como o baixo número de policiais nas ruas com precários equipamentos, sobretudo no que se refere a comunicação entre as viaturas e demais guarnições, deixam os trabalhadores tensos e descontentes.

A este estado de insegurança pública soma-se a greve dos trabalhadores nos serviços de saúde da rede estadual, que também reivindicam salários e melhorias nas condições de trabalho, agravando ainda mais a já precária rede de saúde pública estadual e deixando milhões de catarinenses como que à deriva em uma nau sem comando a altura.

Completando o quadro, tem a histórica resistência do Governo do Estado contra a educação, que mais uma vez tentou na justiça neutralizar as conquistas dos profissionais da educação com o piso nacional profissional, fazendo com que a categoria mantenha-se mobilizada com ações estadualizadas em torno da valorização da carreira e das melhorias necessárias aos serviços da rede estadual de ensino, incluindo as precárias instalações das unidades escolares.

Diante desse quadro, a Direção Estadual da CUT reunida nos dias 19 e 20 de novembro, em Florianópolis, externa a preocupação com os rumos do governo estadual, cuja concepção de gestão tem levado ao agravamento dos serviços públicos, deixando a população refém dos arranjos político-partidários definidos com critérios balizados em projetos pessoais das velhas e novas oligarquias catarinenses.

Aos movimentos sociais e sindicais se ampliam os desafios de se articularem em mobilizações para os enfrentamentos que se fazem necessários na defesa dos projetos da classe trabalhadora.

 

Publicado por: Direção Estadual CUT -SC

 

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