Campanha Salarial Unificada: trabalhadores em luta por melhores condições de trabalho

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Desde o mês de janeiro, os sindicatos dos trabalhadores em educação do setor privado de Santa Catarina já estão mobilizados e organizados para a Campanha Salarial 2013. A pauta de negociação foi trabalhada em cada entidade, reunida numa só composição feita pelos sindicatos filiados à Fetraesc e entregue aos representantes do sindicato patronal em fevereiro.

Já foram realizadas duas rodadas de negociação, onde os representantes das entidades propuseram a manutenção das cláusulas sociais e ampliação das cláusulas econômicas propondo um reajuste de 3% de ganho real mais o índice acumulado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Até o final do mês de março, o INPC deve fechar em 7%. Segundo a presidenta do Sinpro, profª Adércia Hostin, os representantes do sindicato patronal estão com o discurso afinado quanto a situação econômica das instituições e alegam que discutir a Convenção Coletiva de Trabalho é “balela”, já que a CLT já contempla direitos “básicos” dos trabalhadores. Para a professora, as instituições garantem recursos para reformas e marketing, mas não ampliação estes investimentos nos salários dos profissionais. Adércia informa ainda, que os sindicatos dos trabalhadores levarão até o fim a solicitação de ganho real dos salários. Ainda durante as reuniões,o presidente do Sinepe/SC disse considerar desnecessário a formação do educador do ensino básico. O presidente, deixou claro que as instituições de ensino privado não precisam contratar professores com formação superior. “Podemos muito bem contratar profissionais com formação no curso normal que já supre a necessidade”, afirma o presidente do sindicato patronal, deixando claro sua posição mercantilista sem preocupação com a qualidade no ensino.

Valorização dos auxiliares de classe

Para os representantes dos sindicato dos trabalhadores, os argumentos do Sinepe são vazios e repleto de hipocrisias, portanto, a tática é não esmorecer diante de um discurso capitalista e que não valoriza o profissional. Para isso, um dos pontos importantes na negociação, faz referência ao salário do auxiliar de classe. Com a atual tabela de valores de hora-aula, estes trabalhadores ficam com o salário abaixo do piso estadual. A proposta dos sindicatos é que o salário dos auxiliares de classe se iguale ao piso do magistério estadual que está acima do salário mínimo. Esta proposta será debatida na próxima rodada de negociação, no dia 22 de março.

 

 

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