Confira orientações a respeito de medicamentos contraindicados em caso de Dengue.
Diante do atual quadro epidemiológico dos casos de Dengue no Brasil, é crucial ressaltar os cuidados no uso de medicamentos que são contraindicados em casos confirmados ou suspeitos de Dengue. É importante destacar que não existem medicamentos capazes de prevenir a Dengue.
Dengue, chikungunya e zika apresentam sintomas semelhantes (figura 1), tornando difícil seu diagnóstico diferencial. Assim, casos suspeitos de Zika e Chikungunya devem ser tratados como dengue, pois dentre as três é a mais comum. Como não há tratamento específico para elas, tratam-se os sintomas utilizando analgésicos e antitérmicos, como paracetamol e dipirona, e em casos de urticária (placas avermelhadas na pele que causam coceira e inchaço) pode-se utilizar antialérgicos, como a dexclorferinamina.
Medicamentos que contêm ácido acetilsalicílico (AAS), ibuprofeno e outros anti-inflamatórios não esteroidais (AINE) devem ser evitados, pois inibem elementos essenciais para a coagulação sanguínea, que já é prejudicada pela redução de plaquetas causada por esses vírus, favorecendo e agravando a ocorrência de hemorragias.
Procure o auxílio de um profissional da saúde para se orientar acerca de quais medicamentos e a maneira correta de usá-los para o alívio dos sintomas. Também é recomendado ingerir bastante líquido e repousar para auxiliar na recuperação. Vale ressaltar que mesmo os medicamentos de venda livre, como o paracetamol e a dipirona, requerem cuidados no seu uso. O paracetamol, por exemplo, pode levar a alterações no fígado, principalmente, quando ultrapassada a dose máxima diária recomendada.
Atualmente, no Brasil, temos disponível a vacina QDenga (leia a bulta da vacina contra Dengue), destinada à prevenção da Dengue. Além disso, está em fase de estudo 3 a Butantan-DV, uma vacina contra dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan. Outras formas de prevenção incluem a eliminação dos criadouros dos mosquitos transmissores da Dengue, o uso de repelentes contra mosquitos e a instalação de telas e proteções em janelas e portas.
Referências:
1 Brasil, Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico. Monitoramento dos casos de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus Zika até a Semana Epidemiológica 13, 2016; 47(18). Acesso em 2016 mai 03. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2016/abril/26/2016-014—Dengue-SE13-prelo.pdf
2 Brasil, Ministério da Saúde. Dengue aspectos epidemiológicos, diagnóstico e tratamento. 2002, p.13. acesso em 2016 abr 05 Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/dengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamento.pdf
3 Brasil, Ministério da Saúde. Prevenção e combate Dengue, Chikungunya e Zika. acesso em 2016 abr 05. Disponível em: http://combateaedes.saude.gov.br/tira-duvidas
4 Grosser T, Smyth E, FitzGerald AG. Agentes anti-inflamatórios, antipiréticos e analgésicos; farmacoterapia da gota. In: Kaushansky K, Kipps JT. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman & Gilman. 12ª edição; 2012. p.962-64.
Fonte: PFARMA