Há um novo aparelho eletrônico sendo comercializado nas prateleiras do ensino superior: a Universidade micro-ondas. É só abrir o pacote, ligar o aparelho na potência máxima, arrecadar os recursos, mistura-los bem e deixar cozinhar. O resultado: altos lucros para o mercado que se expande cada vez, o mercado da educação superior.
Em um texto revelador e bem fundamentado, a professora da Fiocruz e assessora do Sinpro Rio, Aparecida Tiradentes explica como vem acontecendo a mercantilização do ensino superior e as consequências para a educação no país.
Através de um artigo contundente, a autora percorrer os caminhos que grandes empresários estão fazendo para engordar cofres tendo como mercadoria a educação. Através de suas pesquisas, a autora desvela como o mercado educacional, principalmente do ensino superior vem recebendo investimentos de pessoas que até então investiam na indústria de cigarros, bebidas.
“Para tal façanha, estes grupos contratam consultorias experientes em “modernização” da gestão nos moldes toyotistas, que se dedicam a modernizar escolas como se modernizam as cadeias de lojas de varejo, bancos, montadoras de automóveis, indústrias de bebidas alcoólicas. Os critérios de qualidade são os do mercado, oriundos do núcleo central do capitalismo mundializado. Uma das aspirações recorrentes é a obtenção de certificados ISO e similares. Não nos esqueçamos, por exemplo, de que a ISO, sediada em Genebra, notabilizou-se pela série 9000, a da Qualidade Total, que se refere à padronização e ao corte de custos – produzir mais, com menores despesas e com padrão uniforme.”
O artigo completo pode ser encontrado no site do Centro de Educação Popular e Pesquisas Sócias – CEPPES. Segue o link para sua leitura e análise.
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