Representantes dos sindicatos dos trabalhadores em educação do setor privado do estado de Santa Catarina, iniciaram o processo de negociação do reajuste salarial 2012, com os representantes do sindicato dos donos de instituições de ensino, o SINEPE.
O SINEPE já recebeu todas as pautas de reivindicação dos sindicatos que negociam com o sindicato patronal e já publicou a abertura oficial das negociações para 2012. As rodadas de negociações devem acontecer entre o final desta semana e início da próxima.
Além do SINPRO Itajaí e Região, outros cinco sindicatos ligados à Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Santa Catarina – FETRAESC, também estão organizados e envolvidos nas negociações. Todas as entidades filiadas à FETRAESC aderiram à campanha “Tem algo errado no ensino privado”, deflagrada pela CONTEE por todo o Brasil. A campanha busca chamar a atenção da sociedade para os problemas e descaso com os trabalhadores do setor privado.
De acordo com a professora Roberta Peinador, dirigente no SINPRO que acompanha as negociações, o momento agora é para avançar na conquista do ganho real com base em boas justificativas. “Só o fato das escolas terem reajustado as mensalidades bem acima da inflação, já justifica o repasse para o salário do trabalhador. A inadimplência também não é mais fator determinante já que as instituições de ensino estão bem assessoradas por empresas de cobrança. Além disso, contam com o avanço da economia nacional, o que eleva o poder de compra da classe média, grande usuária do sistema privado de ensino” argumenta a sindicalista.
Como ficou a proposta encaminhada pelo SINPRO Itajaí e Região ao SINEPE
Como neste ano as cláusulas sociais já estão garantidas, o SINPRO Itajaí e Região manteve seu foco nas cláusulas econômicas, visando a conquista do tão almejado ganho real.
Como fonte de cálculo, o sindicato utilizou os índices informados pelo DIEESE. Numa projeção entre março de 2011 e fevereiro de 2012, é possível calcular uma inflação acumulada em torno de 6%. O SINPRO Itajaí e Região e as demais entidades sindicais requerem, além da inflação, o repasse de 3% de ganho real.
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