Inflação perde força em fevereiro e abre espaço para nova queda dos juros

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) perdeu força em fevereiro e registrou 0,45% no mês, ante 0,56% em janeiro, empurrado, sobretudo por um aumento menor dos alimentos e pelo recuo dos preços de transportes.

Em fevereiro de 2011, a taxa havia marcado 0,80%, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado indica uma pausa das pressões inflacionárias e abre caminho para novas quedas na taxa de juros. Na última quarta-feira (7), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reduziu em 0,75% a taxa Célio, para 9,75% ao ano, com o objetivo de aquecer a economia. Em quase dois anos, é a primeira vez que a taxa atinge um dígito. A próxima reunião do Copom ocorre em 17 e 18 de abril.

O IPCA acumulado em 2012 alcançou 1,02%, abaixo da taxa de 1,64%, relativa à igual período de 2011. Considerando os últimos doze meses, o índice situou-se em 5,84%, também abaixo dos 6,22% registrados nos doze meses imediatamente anteriores.

O dado aproxima a inflação do centro da meta de inflação de 2012 e 2013, de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Em audiência no Senado no fim de fevereiro, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombei, já avaliava que a inflação era “descendente” e caminhava para a convergência com a meta.

Em fevereiro, o grupo alimentos e bebidas do IPCA registrou aumento de preços de 0,19%, ante 0,86% em janeiro. Já o grupo transporte marcou preços -0,33% menores, ante alta de 0,69 no mês anterior.

Vários alimentos apresentaram queda de um mês para o outro, principalmente os consumidos no domicílio, que passaram de 0,68% para -0,03%. É o caso das carnes (de -0,64% para -1,99%), item que ficou com o segundo maior impacto para baixo no mês, de -0,05% ponto percentual. O campeão foi o tomate, que tinha tido alta de 8,09% em janeiro e apresentou variação de -16,96% no mês passado.

 

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