Uma recente matéria no site da revista Isto É trouxe à tona aquilo que sindicatos de professores de todo o Brasil já denunciavam há muito tempo: a calamidade que se encontra o ensino superior privado brasileiro.
São faculdades fechando do dia pra noite, denúncias de ações fraudulentas em exames do MEC, demissão em massa de professores, seguida por queixas relativas ao aumento do número de alunos por sala de aula, a redução da carga horária presencial e a perda de qualidade nos cursos.
A reportagem denuncia pelo menos cinco grupos educacionais que estão sendo investigados pelo MEC, entre eles, faculdades ligadas ao grupo Galileo e Anhanguera. A jornalista Rachel Costa, publica na matéria dados do último Censo da Educação Superior que trazem os números do crescimento deste setor no país.
Já são mais de 2.099 instituições e são nelas que estão cerca de 78% das matrículas do ensino superior, movimentando cerca de R$ 28 bilhões por ano, de acordo com os dados fornecidos pelo grupo Hoper, consultoria especializada em educação. “O tamanho desses números impõe ao Ministério da Educação o desafio de não deixar que a educação se torne mero negócio” desafia e põe em questão a reportagem.
As Ações do MEC
O Ministério da Educação já descredenciou a Universidade São Marcos, de São Paulo e divulgou que fará uma auditoria em mais de 30 instituições suspeitas de fraude no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). O Procon também está entrando na briga e notificou a União das Instituições Educacionais do Estado de São Paulo por suspeita de propaganda enganosa envolvendo o Programa de Financiamento Estudantil (Fies).
Há menos de um ano o Mec criou a Secretaria de regulação do Ensino Superior com o objetivo de brecar os mandos e desmandos perpetrados por instituições privadas. Segundo a professora Adércia Bezerra Hostin, coordenadora geral do Sinpro e secretária de Assuntos Educacionais da Contee, esta secretaria tem um papel fundamental diante deste merado que querem consolidar. “Esperamos que com a secretaria se tornem mais claras as regras que devem ser seguidas pelas instituições particulares” pontua Adércia.
Apenas a ponta do iceberg
Para pesquisadores do ensino superior brasileiro, estes casos de fraudes, demissões e baixa qualidade no ensino é apenas a ponta do grande iceberg. Outros interesses se escondem debaixo das reais intenções de um setor que vem sendo dominado por grandes grupos empresariais, e que, dão a mínima para o sistema de regulação existente.
A pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio, profª Aparecida Tiradentes, critica a falta de limites dos grupos econômicos que maximixam seus lucros sem preocupação com a qualidade do ensino oferecido. . “A Lei de Diretrizes e Bases da Educação e outras portarias e decretos nos anos 1990 promoveram uma flexibilização muito grande do marco regulatório” informa a professora.
Fonte e infográfico: Site da Revista Isto É. Para ter acesso a matéria completa clique em:
http://www.istoe.com.br/reportagens/196908_SINAL+AMARELO+PARA+AS+UNIVERSIDADES+PARTICULARES
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