Negociação Coletiva é tema de Seminário em São Paulo

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Aconteceu em 11 de agosto, o IX Seminário sobre Negociação Coletiva da Contee, na sede do Sinpro São Paulo. Participaram do evento, a Secretária Geral para Assuntos Educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino

– Contee e presidente do Sinpro Itajaí e Região, Adércia Hostin e a dirigente responsável pela Secretaria Geral da entidade, profª Roberta Peinador.

Primeiramente, representantes das federações realizaram uma avaliação das negociações coletivas de 2011. Segundo a dirigente Roberta Peinador, as entidades apresentaram suas principais conquistas e também as perdas, já que num processo negocial entre patrões e trabalhadores, sempre existem impasses. “Após a análise, ficou confirmado que os impasses e principais desafios são comuns a todos e que os sindicatos patronais não querem saber de negociar benefícios ou ampliação de direitos dos trabalhadores em educação. Os índices de aumento ficaram baseados no INPC + uma porcentagem mínima de ganho real (de 4,80% a 8%)” explica Roberta.

De acordo com a profª Adércia Hostin, o impasse para administração das bolsas de estudos, efetivação do plano de carreira, pagamento de hora atividade e tecnológica está presente em todos os processos. “As federações e sindicatos estão tentando evitar o dissídio coletivo porque identificam que esta não é a melhor solução, já que, nas diferentes regiões, os sindicatos de trabalhadores têm perdido a causa” explica a dirigente, completando “as federações e sindicatos precisam levar em consideração as diferentes realidades de cada região, por isso, a proposta é de que todos se engajem na Campanha Salarial Unificada” reitera a educadora.

Os participantes do Seminário, encaminharam para análise da diretoria plena da Contee, a proposta de formação de uma comissão que trabalhe junto à confederação para elaboração, lançamento e acompanhamento efetivo de uma grande campanha salarial unificada. Nesta campanha, deverão ser traçadas estratégias para atuação coletiva durante os processos de negociação coletiva do próximo ano. Porém, cada entidade deverá fazer as adaptações necessárias para sua região, enfocando seus principais pontos de reivindicação como o aumento do piso, o fim do banco de horas e a distribuição das bolsas de estudos.

A proposta é que todas as entidades não esmoreçam diante das investidas patronais. Sabe-se que muitas instituições vem aplicando novos modelos de gestão, reduzindo carga horária, enchendo os profissionais de novos projetos, exigindo a implementação de sistemas ou programas que, muitas vezes, são operacionalizados pelos próprios educadores, que acabam acumulando funções. A expectativa para 2012 é enfrentar com ainda mais firmeza esta tentativa patronal em desvalorizar o trabalho docente.

 

Fotos: Daniele Moraes e Roberta Peinador

 

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