Representantes da Universidade do Vale do Itajaí, a maior universidade privada do estado, dizem que não pretendem assinar o acordo de isonomia na distribuição de bolsas de estudos, conforme convencionado pelo Sistema Acafe e pelo Sinpro durante a negociação salarial de maio deste ano.
De acordo com a Convenção Coletiva de Trabalho, as instituições de ensino devem destinar 25% do total de bolsas de estudos aos dependentes dos professores sindicalizados. Para isso, as instituições deveriam encaminhar ao Sinpro um relatório com nomes e valores dos descontos para que o sindicato efetuasse o estudo do valor do desconto que cada professor da Univali teria direito.
O fato foi que a Univali não informou todos os dados necessários para a continuidade do estudo, já que nas universidades, os cálculos são realizados sobre o valor do crédito de cada curso. Segundo a presidente do Sinpro, professora Adércia Bezerra Hostin, os representantes da Univali não trouxeram uma proposta concreta para o impasse, ou seja, ainda não apresentaram os dados completos para que a equipe que está organizando o processo de distribuição das bolsas, possa efetuar com clareza, o cálculo dos valores dos descontos das bolsas de estudos dos professores sindicalizados.
“Segundo a assessoria jurídica da Univali, a instituição não concorda com a forma como a concessão foi estabelecido da Convenção, mas os representantes do Sistema Acafe estava na reunião que consolidou a proposta. Além disso, o SINEPE que representa a Univali nas negociações salariais, em momento algum apresentou uma proposta diferente para a bolsa, assim sendo, a universidade deve acatar o que está estabelecido na Convenção, caso contrário, o Sinpro entrará com ação de cumprimento, o que tornará tudo ainda mais moroso” afirma a dirigente.
Adércia informa ainda que a assessoria jurídica do Sinpro propôs que a Univali encaminhe o relatório com os nomes dos professores e os devidos valores descontados referentes a 2011, até o dia 30 de novembro. Se a universidade não cumprir o acordo até esta data, o sindicato vai buscar na justiça o que é direito do trabalhador.
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